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CO-GERAÇÃO

O termo co-geração utiliza-se para definir processos em que há produção simultânea de energia térmica e energia mecânica (normalmente convertida em energia elétrica) a partir de uma fonte de combustível (biomassa, fuelóleo, gás natural, gás propano, resíduos industriais, etc.). O calor produzido pode ser utilizado diretamente no processo industrial, bem como recuperado e convertido para utilização em aquecimento de espaços, aquecimento de água e em chillers de absorção para produção de frio, em oposição aos métodos tradicionais de produção de eletricidade por via térmica, que desperdiçam todo o calor inerente ao processo.
     

 

De acordo com o Decreto-Lei nº 186/95, a co-geração é definida como o o processo de produção combinada de energia elétrica e térmica, destinando-se ambas a consumo próprio ou de terceiros, com respeito pelas condições previstas na lei.

VANTAGENS DA CO-GERAÇÃO

A produção de energia elétrica de forma convencional, isto é por via térmica, centralizada e por transformação de combustíveis fósseis (carvão, óleo e gás natural), tem uma eficiência que se situa entre os 35 e 45%, perdendo-se, na atmosfera, rios ou mar, sob forma de calor residual, 55 a 65% do potencial da energia. Hoje, com as centrais de ciclo combinado, a queimar gás natural, já se podem obter eficiências da ordem dos 55%. Tendo em atenção a localização destes sistemas de produção de elevada potência e afastados da generalidade dos consumidores finais, há, adicionalmente, perdas na transformação, transporte e distribuição que podem variar entre os 5 e 10%. Assim, por mais eficientes que sejam os sistemas, metade da energia primária perde-se ao longo do processo.

A comparação entre o rendimento da transformação energética do combustível primário nos processos de produção de energia elétrica e de calor num sistema convencional, com qualquer um outro, em que esteja presente um sistema de co-geração, é suficiente para demonstrar as vantagens deste tipo de processo.
   
Embora o rendimento elétrico seja idêntico, o benefício advém do aproveitamento da energia térmica residual produzida, a qual pode ser aproveitada em forma de vapor, água quente, ar quente, ou mesmo água fria mediante o ciclo de absorção, trazendo obvias vantagens a nível de eficiência energética e ambiental.


Representação da Cogeração em Relação à
Geração de Energia em Alguns Países

PAÍS
POTÊNCIA
INSTALADA (MW)
POTÊNCIA EM CO-GERAÇÃO (MW)
PERCENTUAL EM CO-GERAÇÃO (%)
EUA
857.142
60.000
7,0
ESPANHA
4.200
210
5,0
PORTUGAL
5.000
150
3,0
GRÉCIA
5.000
220
4,4
HOLANDA
18.857
6.600
35,0
ALEMANHA
127.272
14.000
11,0
ITÁLIA
90.909
10.000
11,0
REINO UNIDO
94.285
3.300
3,5
DINAMARCA
20.000
5.400
27,0
BRASIL
60.000
1.200
2,0


GERAÇÃO DISTRIBUÍDA

Geração Distribuída (GD) é o termo que se usa para a geração elétrica junto ou próxima do(s) consumidor(es), com potências normalmente iguais ou inferiores a 30 MW. A GD inclui:

• Co-geradores
• Geradores de emergência;
• Geradores para operação no horário de ponta;
• Painéis foto-voltáicos;
• Pequenas Centrais Hidrelétricas - PCH's.

O conceito envolve, ainda, equipamentos de medida, controle e comando que articulam a operação dos geradores e o eventual controle de cargas (ligamento/desligamento) para que estas se adaptem à oferta de energia.

A GD tem vantagem sobre a geração central, pois, economiza investimentos em transmissão e reduz as perdas nestes sistemas, melhorando a estabilidade do serviço de energia elétrica.
As crises do petróleo introduziram fatores perturbadores que mudaram irreversivelmente este panorama, revelando a importância, por exemplo, da economia de escopo obtida na co-geração. A partir da década de 90, a reforma do setor elétrico brasileiro permitiu a competição no serviço de energia, criando a concorrência e estimulando todos os potenciais elétricos com custos competitivos.
   

Com o fim do monopólio da geração elétrica, em meados dos anos 80, o desenvolvimento de tecnologias voltou a ser incentivado com visíveis resultados na redução de custos.

O crescimento da GD nos próximos anos parece inexorável e alguns autores fazem uma analogia com o crescimento do micro-computador com relação aos grandes computadores centrais ("main frames").

 

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